Cozinhar Educa: o que as crianças aprendem nas interações com os alimentos e a culinária?

Não é apenas durante as refeições que as crianças podem aprender sobre a alimentação saudável, sobre a origem dos alimentos, sobre formas de preparo etc. Na verdade, não é apenas saboreando os alimentos que as crianças aprendem sobre eles, mas também observando e lidando com as demandas que envolvem o preparo de um prato.

As crianças podem ser envolvidas no preparo das refeições antes mesmo que os alimentos cheguem à cozinha de casa. Organizar uma lista de compras, ir à feira ou ao mercado, escolher os alimentos – o que inclui aprender a selecionar frutas e legumes e a controlar quantidades, por exemplo – trazê-los para casa, lavar o que for preciso, temperar, cozinhar, assar, seguir uma receita, enfim, em todas essas situações as crianças podem aprender um bocado!

Na feira ou no mercado, ainda bebês, podem sentir a textura de uma fruta, o cheiro mais forte de uma hortaliça, observar os adultos fazendo escolhas enquanto escutam sobre elas e sobre as peculiaridades dos alimentos (mais duro, mais colorido etc).

Em casa, na cozinha, podem observar como o que comem é preparado, vendo o adulto atuar e nomear tanto os alimentos quanto o que está executando: “olha que batata molinha! Agora, vou amassar misturando com a cenoura”. Os adultos também podem chamar a atenção dos bebês para os diferentes sabores e promover experimentações de um mesmo alimento cru ou cozido, por exemplo, quente ou frio ou com temperos distintos.

Quando maiores, as crianças podem ser colocadas como responsáveis por determinadas tarefas: acrescentar um ingrediente, misturar, experimentar e opinar sobre o sabor etc. Maiores ainda podem seguir o passo a passo de uma receita e assumir mais tarefas sob a supervisão de um adulto, como, até mesmo, preparar sozinhas um prato.

É importante que todos esses momentos sejam permeados de conversas sobre a alimentação saudável, a origem de distintos alimentos e suas características, a importância dos profissionais que permitem nosso acesso aos alimentos (agricultores, feirantes etc.), a higiene e os cuidados necessários para manipular ingredientes e utensílios de cozinha, sobre formas de preparo, a leitura de receitas, medidas e misturas, hábitos culturais e até sobre costumes e tradições familiares em datas ou ocasiões especiais ou as preferências de cada membro da família.

Além de todas essas possibilidades, a interação entre adulto e criança nessas situações e ambientes é outra oportunidade de aproximação e de estreitamento dos vínculos afetivos. Por tudo isso, que tal inserir mais as crianças nas idas à feira ou ao mercado e nas demandas que envolvem a preparação caseira das refeições? Afinal, criança também se educa na cozinha!

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