Rose Calvert: a passageira que inspirou o filme Titanic. Esta é sua história real…

Abril de 2012 marcou o 100º aniversário da primeira e última viagem do Titanic. É incrível a quantidade de informações interessantes que existem a respeito dele nos dias de hoje. O nome de Beatrice Wood, que talvez não lhe diga nada, foi a pessoa em quem o diretor James Cameron utilizou baseou-se para compor a personagem de Rose Dewitt Bukater Calvert. Se você pesquisar um pouco sobre esta mulher, você vai descobrir que ela foi realmente uma pessoa excepcional.

Ao longo deste artigo, vamos tentar resumir da melhor forma possível a vida dela, que foi cheia de acontecimentos, apesar de bastante difícil, já que ela viveu nada menos do que 105 anos. Quando lhe perguntaram qual era seu segredo para tal longevidade, ela respondeu: “Livros de arte, chocolate e homens jovens”.

Quer saber mais? Bem, se você é apaixonado pelo navio mais famoso do mundo de todos os tempos, Beatrice Madeira nasceu na cidade de San Francisco, na Califórnia, em 1893, de uma família rica e de consciência social. Aos 5 anos, sua família mudou-se para Nova York.

Sua mãe imediatamente começou a preparar Beatrice para sua eventual festa de “debutante”. Ela mandou-a para Paris, por 1 ano, para viver em um convento. Ela foi matriculada no último ano da escola e passava suas férias na Europa, onde visitava galerias de arte, museus e teatros.

Em 1912, quando ela era iria fazer o seu “debut” na sociedade aristocrática, em sua maioridade (no ano do naufrágio do Titanic, sem Beatrice à bordo), ela cancelou todos os planos e, desafiadoramente, disse a sua mãe que queria ser pintora. Como você pode imaginar, sua mãe fez todo o possível para fazer as coisas no estilo da alta classe. Ela enviou Beatrice para a França, com um acompanhante para que ela estudasse pintura.

Beatrice não ficou muito impressionada com a escola e mudou-se para Giverny, cidade natal de Monet, residência de muitos artistas aspirantes. Lá, ela desentendeu-se com seu acompanhante e mudou-se para um sótão. Sua mãe, ao saber disso, foi para Giverny para ver como ela estava.

Ela descobriu que as condições daquele sótão estavam muito aquém de seu agrado e levou Beatrice, rapidamente, de volta a Paris. Uma vez lá, ela mudou seu enfoque para o teatro, onde iniciou aulas particulares, porém, com o início da Primeira Guerra Mundial, seus pais quiseram trazê-la de volta para Nova York.

Sua mãe fez todo o possível para trazer Beatrice de volta à Nova York, mas ela uniu-se aos franceses, no Repertório do Teatro Nacional. Ela representou mais de 60 papéis sob o nome artístico “Senhorita Patricia”. Lá, ela se encontrava com um francês solitário que estava no hospital. Alguém havia sugerido a ela que fosse visitá-lo, já que ela falava francês. Em sua segunda visita, ela foi apresentada a um amigo do homem, Marcel Duchamp. Este homem é muito famoso por seu quadro “Nu descendo uma escada”.

Beatrice e Duchamp se deram bem e este a apresentou a Walter e Louise Arnsberg, que realizavam as peças artísticas de sua casa contemporânea. Beatrice foi exposta ao movimento “dada”, que é melhor descrito como um movimento anti-artístico. Ela também conheceu o escritor Henri-Pierre Roché, que se tornou seu primeiro interesse amoroso. Eles três pareciam viver uma espécie de triângulo amoroso que acredita-se ser a inspiração para o livro de Roché, “Jules et Jim”. Ele foi o primeiro homem a partir seu coração.

Em 1918, Beatrice mudou-se para Montreal. Claro, sua mãe a rastreou com um detetive particular. Seu bom amigo Paul, que era encarregado do teatro, convenceu-a de que a única maneira dela livrar-se de sua mãe seria casando com ele. E assim ela fez. Foi um casamento de conveniência, especialmente para Paul, que a usava para manter seus hábitos de jogo.

Os pais de Beatrice se encarregaram que o casamento fosse desfeito anos mais tarde. De volta a Nova York, Beatrice apaixonou-se pelo ator e diretor britânico, Reginald Pole, mas ele também partiu seu coração. Beatrice decidiu mudar-se para Los Angeles, para ficar perto do Arnsberg.

Em uma de suas viagens, Beatrice inscreveu-se em um curso de cerâmica, na Hollywood High School, em 1933. Ela logo descobriu que não era tão fácil como parecia, mas a química esmalte a intrigava e ela treinava criando vasos. Com o tempo, ela começou a vender algumas peças para se sustentar. Mais tarde, ela estudou com artistas de cerâmica, tais como, Glen Lukens, Gertrud e Otto Natzler.

Em 1947, Beatrice decidiu construir uma casa em Ojai, Califórnia. Ela participou de exposições no Museu do condado de Los Angeles e de Nova York. Lojas de departamento como Neiman Marcus, Guanacos e Marshall Fields lhe faziam inúmeros pedidos

Sua casa ficava do outro lado da rua do orador e pensador Krishnamurti. Ela era fã de sua filosofia e até mesmo viajou para a Europa para ouvi-lo falar. De acordo com sua biografia, sua vida sempre se entrelaçou com a sabedoria do Oriente, o pensamento positivo, uma forte ética de trabalho, um senso de humor dadaísta e uma visão romântica da vida. Em 1974, ele se mudou para outra casa, em um terreno de propriedade da Fundação Happy Valley.
Para ler matéria completa clique aqui






Sobre a inteligência, a força e a beleza feminina.