Sobre aquele ”vamos dar um tempo, preciso pensar”.

Aquele seu pedido de ”vamos dar um tempo, preciso pensar”.

Pra mim, foi como se você dissesse: ”Eu não tenho certeza se te quero ou não”. E foi nessa sua incerteza, nessa sua indecisão que eu escolhi seguir em frente, porque se tem uma coisa que eu não quero pra mim é um relacionamento incerto, um amor indeciso.

Eu não te culpo pela sua indecisão, eu só quero alguém que fique comigo porque isso é tudo que quer.

Então, por favor, não me peça tempo porque às vezes o tempo dói, porque o tempo às vezes faz a gente esquecer o que queríamos manter pra agora, porque o tempo, às vezes, tem o pode tornar alguém passado mesmo quando tudo que queríamos era que esse alguém estivesse presente.

Não me peça tempo, porque isso alimenta minhas esperanças e consequentemente as frustrações por conta das minhas expectativas. Se quiser ficar, fique.

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Se estiver tão incerto do que quer, pode ir. Porque o meu amor não precisa das suas incertezas. Não me peça tempo, porque eu não quero te esperar enquanto o tempo passa, porque sempre que o tempo passa a distância entre a gente aumenta.

Não me peça pra ficar aqui, nem fale como se você fosse voltar, porque se a sua vontade fosse ficar, você não pensaria em deixar nossos planos de lado.

Não me peça tempo enquanto as coisas no mundo acontecem, porque eu vou me sentir na obrigação de continuar com a minha vida. E mesmo que, em algum momento eu sinta falta de alguma coisa, mesmo que eu perceba que a tua ausência está mais presente que você em pessoa, eu vou continuar.Você disse que precisava pensar um pouco, e logo sumiu.

Você não precisava pensar, você só precisava ir. E não deveria ter me pedido um tempo, porque tempo é espera, e espera é saudade, e quando a gente sente saudade, quando a saudade acumula, tudo que a gente quer é matar a vontade. Onde você estaria pra matar essa vontade? Portanto, não me peça tempo.

Se for pra ser só saudade, não deixe nada subentendido. Se você não for ficar, trate logo de sair. Se quiser ir, evite me dizer ”até logo, a gente se vê”, olhe no olho e diga -mas só se tiver certeza disso-: ”foi bom te conhecer”. Mas não me peça tempo, por favor.

Fonte: Iandê Albuquerque






Sou recifense, 24 anos, apaixonado por cafés, seriados e filmes, mas amo cervejas e novelas se houver um bom motivo pra isso. Além de escrever em meu blog pessoal e por aqui, escrevo também no blog da Isabela Freitas, sou colunista do Superela e lancei o meu primeiro livro em Novembro de 2014 pela Editora Penalux. .