5 livros que mudaram a vida de Leandro Karnal

Leandro Karnal é um verdadeiro amante da literatura, e sempre que pode defende o ato da leitura em suas palestras e redes sociais.

Em sua página no Facebook, postou uma lista de livros que mudaram a sua vida para sempre.

Tratam-se de clássicos da literatura, formadores de gerações de leitores, e que refletem grandes questões humanas essenciais para a formação moral de um ser como indivíduo e de um cidadão, pronto para viver em seu coletivo.

1- Hamlet, de Shakespeare

Após ter visto o espírito do pai morto, Hamlet se encontra insatisfeito com o decorrer da trama na corte, na qual a sua mãe casa-se com o irmão do marido falecido poucos meses após sua morte. O desfecho do rei choca o filho, que deixa os estudos na Universidade de Wittenberg para retornar à corte, em Elsenor. Inconformado com as corrupções a sua volta, Hamlet tem Horácio e Ofélia como únicos confidentes, sendo esta a mulher que ama, mas que promete ao pai Polônio não se casar com Hamlet.

Em uma vídeo-aula no facebook, Karnal afirma que Hamlet é uma chance de despertar no aluno a consciência para seu mundo interior. Afirma ainda que “há seis anos morreu meu pai e eu vivi a experiência de ser um órfão, exatamente como Hamlet, e finalmente a peça adquiriu um sentido totalmente novo, porque agora eu estava numa situação similar da dor de perder a identidade paterna”. (Leia a resenha aqui!)

2- A Paixão segundo GH, de Clarice Lispector

Numa determinada manhã G.H. resolve fazer uma arrumação em sua casa, e inicia pelo quarto da empregada que não mais trabalhava para ela, ao entrar no quarto, se surpreende, pois imaginara que encontraria tudo bagunçado, no entanto, é tomada por uma enorme surpresa ao encontrar tudo em ordem. Ela se depara com uma barata que havia saído do armário, e imediatamente a esmaga com a porta do armário. Diante dela, estava aquela barata morta, sem a casca jorrando uma secreção branca. (Leia a resenha aqui!)

Em uma postagem no Facebook, Karnal afirma:

Quando descobri e entendi A Paixão Segundo GH, há quase 20 anos, chorei muito pela beleza da escrita, bem como pela escritora atormentada que ali despejava seu gênio e sua dor. Chorei pelo retrato difícil da alma humana.

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3- O Livro de Jó

O Livro de Jó é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava.

Sobre a figura de Lúcifer no monoteísmo do Judaísmo, Karnal, em uma entrevista, usa como exemplo o Livro de Jó:

O monoteísmo absoluto do Judaísmo transforma o demônio em auxiliar de Deus, como no livro de Jó. Os judeus acreditavam em espíritos imundos que tomavam as pessoas, mas não deram ao demônio a autonomia de um reino.

4- A Divina Comédia, de Dante Alighieri

“O Poema Sagrado de Dante”, séculos após registrado como A Divina Comédia é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: Inferno, Purgatório, Paraíso. Em uma vídeo-aula, Karnal analisa os pecados dos homens a partir da imagem do purgatório de Dante.

5- Dom Quixote, de Cervantes

Dom Quixote de la Mancha é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). Com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista.

Em um post em seu Facebook, em que compara Quixote a Hamlet, afirma que “Quixote e um idealista que não encontra mais lugar na sua época” em que “o mundo é prático e pouco idealista, como o cavaleiro da triste figura soube pela Dulcineia encantada.”

Fonte: Provocações Filosóficas






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