Texto de Içami Tiba
Uma das maiores qualidades do ser humano está na sua capacidade de se relacionar entre si. Dependemos dos pais desde o nascimento até a maturidade, quando conseguimos autonomia comportamental e independência financeira.
Nos primeiros ensaios de independência, os filhos se alimentam no relacional sob a forma de pit-stops. Quanto maior a necessidade, tanto mais longa é a parada e mais curta é a autonomia. Com o crescimento, as paradas vão se tornando mais raras e curtas e sua autonomia maior e mais longa.
Pais que fazem mais do que o necessário durante o pit-stop mais atrapalham do que ajudam e o mesmo acontece se fazem menos. No excesso, as crianças não dormem sozinhas ou fazem birras e tiranizam os pais. Os alunos carentes de ensinamentos e ficam mal preparados para a vida profissional.
Estamos negligenciando a educação das crianças quando somos dirigidos pelos desejos delas. Quando os filhos crescem fazendo e realizando o que forem capazes, desenvolvem junto a segurança e a ética. Portanto, os pais não devem fazer o que os próprios filhos são capazes de fazer.
Na realidade, as crianças pedem autorização para os pais para serem tiranas. Isso acontece quando a família é dirigida pelos desejos das crianças e perde-se a autoridade educativa, tornando os filhos inseguros e exigentes. Como os pais têm pouco tempo físico para educarem seus filhos, atribuem à falta de convivência a falta de educação dos filhos.
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Esta falha não está na falta do tempo, mas na qualidade de convivência. Os filhos fazem pit-stops com os pais cada vez mais curtos. O objetivo da corrida é autonomia comportamental (decidir o que pode e deve ou não fazer) e independência financeira (ter receita suficiente para viver). Educar significa tornar os filhos menos dependentes e mais cidadãos éticos.
A falta de conhecimento e tecnologia é que dificultam as ações dos pais. Os pais devem priorizar a educação lendo livros, artigos em jornais e revistas que agreguem valores educativos às suas ações com seus filhos.
Em tempos de tecnologia digital não se deve pensar em educação somente em analógico. Os filhos já se comunicam entre si e seus amigos numa linguagem nova, não a gíria que excluía dos mais velhos. Os jovens têm acesso a tudo pela Internet.
Conversam, veem e são vistos nos blogs; pelos Orkuts alimentam o ser gregário; pelos sites de busca viajam pelo mundo; o celular se transformou no seu escritório móvel…
Hoje, os pais causam orgulho nos filhos ao procurarem aprender e assimilar para a sua vida os meios de comunicação deles.
Seu celular travou? Experimente pedir ajuda a um adolescente. Além de ele consertá-lo com o maior prazer, sem cobrar nada, ficará feliz em poder passar para você o que ele sabe.
Passa a valorizar mais você, pai ou mãe, à medida que vocês aprendem. Isso vale hoje muito mais do que as clássicas conversas sérias que os pais gostariam de fazer com os seus filhos e assim sossegar esta inquietude e preocupação do futuro com os filhos.
Içami Tiba foi médico psiquiatra, psicodramatista, colunista, escritor de livros sobre Educação, familiar e escolar, e palestrante brasileiro.
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