MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA EM ASBURY.  MAIS DE 150 HORAS DE CULTO EVANGÉLICO

Autor: Albani Borges dos Reis

Um culto evangélico que dura mais 150 horas, é fato que ocorre na universidade de Asbury, em Wilmore, Kentucky, Estados Unidos. Este fenômeno está sendo visto por muitos céticos como pura manifestação de emoções por parte dos estudantes. Para outros, no entanto é verdadeira manifestação do Espirito Santo.

Para jovens estudantes, acostumados a uma vida agitada e de correria, parar para adorar a Deus, ajoelhados, orando e chorando por tanto tempo ininterrupto, não pode ser considerado como normal.

Estavam acostumados a se reunirem, porém com hora marcada para terminar. Tudo era feito de maneira normal e costumeira. Desta vez, no entanto, eles mesmos foram surpreendidos com esse fenômeno, e não saíram do local e da adoração por todo esse tempo. Eles foram dominados por uma onda silenciosa de transcendência permanecendo em atitude de oração.

Os críticos do movimento cristão e evangélico interpretam o fato como a expressão de mero emocionalismo, catarse coletiva e pneumatológica, quando eles simplesmente estão se libertando de traumas sofridos, de problemas de ordem pessoal, como medo, opressão, por isto se expressam desta maneira.

Para a maioria das pessoas, inclusive ex-alunos da universidade e que tomaram conhecimento da história, vê o fato como uma expressão genuína de culto, e ação do Espírito Santo na vida desses jovens. A jovem Taylor McGaugh, estudante de Psicologia da Universidade, crê que o campus experimenta algo nunca visto pela sua geração. Afirma que “É verdadeiramente um momento na história de Asbury que nunca será esquecido.

Quando ouvi falar sobre o que acontecia, fiquei confusa, mas, quando fui à capela da universidade, entendi que precisava daquela experiência e que muitos outros estudantes dela necessitavam”. Ainda segundo ela, o “avivamento de Asbury” está atraindo ao campus muitos missionários cristãos, e estudantes de outras universidades. “Fiquei muito chocada quando as pessoas diziam que faculdades e missionários de todo o país, estavam chegando à Asbury.

Eu nunca experimentei, ou vi nada assim antes, então saber disso me deixou animada para tudo o que virá depois desse avivamento”. Ex alunos, inclusive que foram para averiguar o que estava ocorrendo, e também pais de alunos, afirmam e reconhecem o fato como sendo verdadeiramente algo extraordinário, e obra da presença de Deus na vida dos alunos.

O pastor Augustus Nicodemos Lopes, teólogo e ex-chanceler da Universidade Makenzie, comentou o evento dizendo que, o que está acontecendo em Asbury, pode ser mais um movimento de despertamento espiritual, em função da explanação e pregação bíblica. O que se vê é oração, quebrantamento, arrependimento, confissão de pecados, louvor e adoração – são essas coisas que estão acontecendo em Asbury hoje. Afirma, “Sei que para muitos cristãos um avivamento (despertamento ou reavivamento) está associado com manifestações como línguas, profecias, curas e milagres.

Esses fenômenos estão ausentes na reunião que já dura mais de 7 dias na capela Asbury”, e ele afirma ainda. “É possível que esses cristãos tenham dificuldade em considerar o que está acontecendo por lá, como um autêntico avivamento espiritual, mas desconheço que explicação dariam para o fenômeno”. Complementa. Respondendo ainda as criticas ao movimento, Augusto Nicodemus, pastor presbiteriano, afirma que isto é de ordem espiritual.

“A reconciliação com Deus e com o próximo, a consciência de perdão de pecados e a renovação da fé em Cristo, produzem leveza de alma, sensação de paz e pureza, experiências que geralmente são chamadas de catarse”. Ele afirma categoricamente que: “Eu não diria que, o que está acontecendo em Asbury, é uma catarse coletiva, mas um possível movimento espiritual de reconciliação com Deus, e com o próximo. Já os efeitos emocionais disso podem ser identificados como uma catarse no entendimento contemporâneo da palavra”.

O pastor, teólogo e doutor em Ciências da religião, Kenner Terra, explica e é ainda mais assertivo: “A religião também é catarse. Então, não seria nada depreciativo se o fenômeno de Asbury também cumprisse essa função, pois é comum da experiência religiosa”.






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