Quando você pensar em desistir do amor, leia esse texto em voz alta.

A vida é mais inteligente do que eu consigo imaginar e compreender…

Não é à toa que eu conheci o mundo aos prantos. Acordei e, ainda não responsável por minhas ações, inconscientemente, tive um preparo especial para lidar com o pior. Desde o primeiro contato físico, quando ainda bebê, me tornei dependente de alguém.

Essa é a prova de que não serei singular e, que ao longo do meu crescimento e amadurecimento, terei que me relacionar com pessoas, no geral. Todas elas, independente da função que ocupem, poderão me frustrar desde cedo. E, infelizmente, eu não tenho como prever e mudar isso. Vou tentar buscar respostas com o tempo, mas eu nem sei por onde começar a perguntar.

Porém, quando o cansaço me vencer, entenderei que é para o meu próprio bem. As minhas lágrimas não deixarão de cair quando, ainda ignorante de conhecimento, eu desejar muito uma coisa, mas a minha família ainda não estiver financeiramente estável para me oferecer isso.

Certamente, eu ficarei de coração partido, quando perceber que um desconhecido está fazendo o meu papel naquela amizade que havia tanta cumplicidade. E, assim, continuarei com os olhos inundados, porque a dor da troca é uma ferida aberta que nunca cicatrizará. E eu sei disso, com propriedade.

Mas de todas as decepções que estamos sujeitos a enfrentarmos nesse trajeto cheio de obstáculos em busca da felicidade plena, apenas uma será mais dolorosa que as demais: quando eu amar de verdade, e me decepcionar por amor. A paixão vai causar cegueira.

Quando eu entregar o meu coração para alguém, e o sentimento não for recíproco. Esse choro vai parecer interminável e sem solução. Porque dessa vez, não estarei chorando por ter nascido e, sim, porque algo me feriu por dentro. E não há nada mais deprimente, do que um amor não correspondido.

Portanto, quando eu pensar em desistir de amar, lembre-me de que o amor da vida real jamais será igual aos filmes de romances, aos contos de livros ou como os meus vizinhos que caminham de mãos dadas nas ruas. O amor é exclusivo, cada pessoa o sente de maneira única. Para alguns, o amor está nos pequenos gestos.

Para outros, em um paladar apetitoso. O amor nem sempre será a figura de dois seres humanos que se amam e querem estar juntos, por vezes, ele será traduzido em atitudes ou breves palavras. O amor é tudo aquilo que vai me dar ânimo para seguir em frente, mas se não houver cuidado, ele também poderá ser o maior criminoso diante das minhas lágrimas.

Assim como tudo na vida, ele possui dois lados. Quando reconhecido da melhor maneira, ele me mostrará o lado bom. Mas quando faltar a tal da reciprocidade, afaste-me da miséria que eu não mereço receber.

O amor é o que dá sentido aos dias, colore os momentos e faz brotar alegria. Sem ele, o céu permanece cinzento, chovemos por dentro. As emoções tornam-se frias, os sentimentos congelam. O amor é capaz de mover o mundo, mudar personalidades, vontades, desejos e sonhos. O amor não é um alguém. O amor é o sentir, o prazer, o tesão em realizar o que se almeja.

É a perseverança em correr atrás, em deixar o orgulho guardado na última gaveta do armário, é não me acovardar diante dos problemas e dificuldades. O amor impulsiona, nos faz voar, mesmo que eu esteja com os pés presos no chão. O amor lateja, pulsa e vibra. O amor transparece no olhar, no suor, na voz e no sorriso.

Eu não posso culpar o amor por todas as minhas frustrações ou decepções. Por todas aquelas expectativas que depositei em vão. O amor não é a sentença da minha dor, do meu medo, dos meus traumas. O amor é o que me mantém com a coluna ereta, com os passos firmes, com o pouco de esperança que restou.

O amor me motiva a somar, compartilhar e jamais subtrair. O amor é imensidão, jamais ingratidão ou egoísmo. O amor me faz crescer, me pega de surpresa nos pequenos detalhes e mantém todas as minhas crenças inabaláveis.

Porque o amor, só o amor é capaz de perdoar e renascer.

Não permitirei que ninguém o mate em mim!






Sobre a inteligência, a força e a beleza feminina.