“Cozinheiro é tudo igual. No momento em que vai servir o prato principal, faz sempre aquele comentário: “Nossa, gente, este prato eu faço muito bem, mas hoje eu não sei como é que ficou!”. Claro que sabe. Fez do mesmo jeito de sempre. Só está fazendo charme!
Aí vêm aquelas inúmeras desculpas que nós já conhecemos. “Já estou acostumada com a cozinha lá de casa… Não comprei a carne no mesmo açougue…
Estou em dúvida com essa farinha, nunca usei essa marca… O forno aqui da mamãe é muito diferente do meu…” Enfim, aquela série de articulações linguísticas a que se recorre para arrancar elogios: “Nossa, imagina, está uma delícia… O dia que ficar bom, então, a gente morre de tanto comer! Como é que você faz esse
molho?”. E assim vai, refeição afora.
Cá entre nós, cozinha é igual a salão de beleza. É lugar onde se cultivam vaidades. Todos nós sabemos disso, talvez não tenhamos é coragem de comentar, porque, quanto mais vaidosa a criatura que cozinha, maior é a nossa alegria.
Eu mesmo incentivo muito esse tipo de vaidade! Para ser bem sincero, eu busco esses vaidosos. Vou aonde eles estão. E gosto de entrar nesse joguinho, tecendo alguns daqueles comentários que mencionei.
Tem vaidade que consegue ser infértil, mas não é esse o caso. O que prevalece aqui é o velho jogo da sedução que os temperos são capazes de produzir.”
Trecho da crônica: “O sabor do desconforto”
No livro: “É sagrado viver”, do Padre Fábio de Melo
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