“Deus ontem resolveu me empurrar”

“Deus ontem resolveu me empurrar”

O médico João Carlos Trindade ficou conhecido por emocionar o Brasil com um texto em seu perfil no Instagram. No post, ele, humilde e brilhantemente, comparava uma paciente a Deus.

Agora, o médico voltou a publicar um texto que nos faz lembrar que Deus está sempre nos mandando uma mensagem, inclusive naqueles imprevistos que nos enchem de raiva e nos tiram o sono. A interpretação destes sinais divinos depende de nós – e do tamanho da nossa fé.

O médico brasileiro está em Portugal fazendo um estágio que ele batalhou muito para conseguir. Entretanto, em meio aos estudos, caiu de uma escada e torceu o tornozelo. Mas, diante da dor e do desespero, a fé falou mais alto e ele soube entender o recado que Deus queria lhe enviar.

Eis o que diz a publicação:

“Ontem, depois do estágio, rolei um vão de escadas abaixo. Algo tão rápido e inesperado, mas ao mesmo tempo tão reflexivo e preciso. Era necessário desacelerar! Em poucos segundos me vi no chão, segurando o urro de uma dor que há tempos não sentia (pelo menos fisicamente). Como aquilo acontecera? Envolvi meu tornozelo torcido com as mãos, assumindo uma dor que era minha. Meses de espera pelo estágio passaram pela minha mente. Pensava: “E se eu quebrei meu pé e tiver que voltar para o Brasil? E as próximas semanas de estágio? E quem vai ficar comigo no hospital se eu precisar?” Estava sozinho e com tanta dor que não conseguia me reerguer. Então fui lá aproveitar que estava no chão e pensar na vida. Pensei em Deus e como aquilo poderia ser livramento dEle. Talvez se eu mantivesse aquela velocidade, poderia ser atropelado na saída do hospital.

Talvez uma situação de assalto. Sei lá! Difícil pensar que Deus possa ter colocado o pé para eu cair, mas Ele precisou me parar de alguma forma e por algum motivo. Algo teria a me ensinar e, mesmo ali, naquela queda, Ele me amou. Na via das dúvidas, nada mal ser tocado por Deus, ainda que pelo pé dEle. Sobre a dor, mal conseguia entender como aquilo doía tanto, mas para quem trabalha com dor, escalas de dor, vias de dor e analgésicos, aquilo me parecia tão familiar, mas não tão próximo como naquela hora. Graduei minha dor e imaginei que, por mais que para mim ela fosse intensa, ainda assim ela era menor do que a de muitos de meus pacientes. Entendi que era mais do que aquilo que eles sentiam até que eu os medicasse. Fui ao hospital e entendi o que é esperar pelo médico e ser paciente. Poderia guardar isso para mim, mas divido porque sei que minha queda pode ajudar outras pessoas a desacelerarem, antes que Deus coloque o pé na frente delas. Ele nos ama muito. Ganhei uma botinha por três semanas e um toque do pé de Deus no meu tornozelo. Nada mal. Deus ontem resolveu me empurrar. Ok, entendi. Vou desacelerar!”

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Fonte: Aleteia






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